segunda-feira, 23 de junho de 2014

Rendição

"Não chegámos a esta irmandade a transbordar de amor, de honestidade, de mente aberta ou de boa-vontade... Quando nos vimos derrotados, começámos a sentir um pouco de boa-vontade." Texto Básico, p. 24 

A rendição pode constituir o alicerce necessário para recuperarmos, mas por vezes resistimos-lhe. A maioria de nós olha para trás, depois de termos algum tempo limpo, e começa a pensar porque é que se esforçou tanto a negar a impotência, quando foi afinal a rendição que acabou por nos salvar. À medida que recuperamos, apresentam-se novas oportunidades para nos rendermos. Das duas uma: ou lutamos contra tudo e todos, ou recordamos os benefícios daquela nossa primeira rendição e deixamos de lutar. A maior parte da dor que experimentamos advém de lutarmos, não de nos rendermos. Na verdade, quando nos rendemos, a dor termina e é substituída pela esperança. Começamos a acreditar que tudo irá correr bem e, após algum tempo, compreendemos que as nossas vidas acabam por melhorar. Sentimo-nos tal como quando largámos a ilusão de que iríamos conseguir controlar as drogas - aliviados, livres, e cheios de uma esperança renovada. 

Só por hoje: Hoje precisarei de me render? Vou recordar-me de quando me rendi pela primeira vez, e lembrar-me de que não preciso mais de lutar.

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