As pessoas geralmente experimentam drogas ou outros comportamentos potencialmente
viciantes porque eles estão buscando algum tipo de benefício ou recompensa. Elas
usam drogas na esperança de conseguir os efeitos físicos desejados. As drogas têm
um efeito no corpo e na mente, e se não tivesse efeito as pessoas não repetiriam e
experiência. Ninguém começa apenas para ficar viciado.
A drogas geralmente altera como a pessoa se sente, e faz ela se sentir melhor,
relaxada, mais poderosa, excitada, a faz escapar da realidade e etc. Por isso, ela
tende a repetir a dose.
Às vezes a pessoa usa a droga para escapar de problemas reais, e como a droga a faz
se sentir bem, ela encara a droga como a solução dos problemas. Mas na verdade o
problema continua existindo.
Algumas vezes a atração vêm porque a droga faz a pessoa se identificar com algum grupo
social – elas podem experimentar drogas porque pensam que vão ganhar aceitação numa
turma ou que vão se tornar os rebeldes ou os mais festeiros.
Entretanto, estas experiências encobrem uma atração forte. O que pode começar como uma
brincadeira casual, comportamento social normal ou mesmo uma prescrição médica, pode se
tornar um comportamento repetitivo, mais freqüente e com maiores quantidades.
Pode acontecer de uma pessoa se viciar através do condicionamento. Muitas pessoas que
usam drogas passam a pensar que não conseguem fazer alguma coisa sem a droga, por exemplo
ir a uma festa, uma boate, etc. Com isso a química do cérebro começa a se adaptar à
presença da substância, necessitando cada vez mais para dar o mesmo barato ou para evitar
os desconfortos da falta da droga. Este comportamento passa a ter vida própria e o corpo
fica dependente fisicamente da droga.
Geralmente, na iniciação (a primeira vez), a pessoa usa para experimentar, pra ver como é
a substância. Aí a pessoa pode resolver usar outra vez, e talvez começar a usar ocasionalmente,
e depois usar freqüentemente. Enquanto isto, a quantidade consumida pode também aumentar.
Geralmente acontece assim:
Uma pessoa usa drogas de abuso, como maconha, cocaína ou mesmo álcool, ativando os mesmos
circuitos cerebrais das atividades de sobrevivência, como comer ou fazer sexo. A droga causa
um aumento da quantidade da substância dopamina, a qual produz os sentimentos de prazer.
O cérebro se lembra deste prazer e quer que ele repita.
Assim como comida está ligada com a sobrevivência no dia-a-dia, as drogas começam a ter o mesmo
significado para o adicto. A necessidade de obter e usar drogas começa a ser mais importante do
que qualquer outra necessidade, incluindo atividades realmente vitais tipo comer. O adicto passa
a procurar a droga não apenas para prazer, mas para aliviar o sofrimento.
No fim das contas, o impulso para procurar e usar drogas é tudo que importa, apesar das conseqüências
devastadoras.
Por fim, o controle, as escolhas e tudo o que antes tinha valor na vida da peessoa, como família,
emprego, comunidade, pode estar perdido para a doença da adicção.
A adicção pode desenvolver em pessoas apesar de suas melhores intenções ou do melhor caráter.Vício
em drogas é traiçoeiro porque afeta o cérebro bem nas áreas que as pessoas precisam para “pensar
direito”, usar bom julgamento e fazer boas decisões para suas vidas. Ninguém quer crescer para virar
um viciado em drogas, afinal de contas.
Mas algumas pessoas podem experimentar e não ficarem viciadas, e já outras ficam viciadas rapidamente.
Por que?
Genética: Os genes têm um papel principal, quem tem pais com alcoolismo possuem chances quatro vezes
maiores de ficarem alcoólatras, e isto pode valer para os outros vícios também. Mais de 60% dos
alcoólatras têm família com histórico de alcoolismo.
Saúde mental: Muitas pessoas adictas também sofrem de problemas de saúde mental, especialmente ansiedade,
depressão ou outras doenças do estado emocional.
Uso de drogas quando se é novo: Quanto mais cedo uma pessoa usar drogas, maiores as chances de progredir
para o vício. 40% das pessoas que começam a beber antes dos 15 anos de idade se tornam alcoólatras.
Ambiente social: Pessoas que vivem, trabalham ou vão à escola em um local onde o uso de álcool ou outras
drogas é comum, são mais propensas a abusar das drogas. Por exemplo, se alguém anda junto com pessoas que
usam drogas freqüentemente, suas chances de tornar um adicto aumentam.
Traumas de infância: Cientistas provaram que crianças abusadas ou rejeitadas, conflitos de família
persistentes ou outras experiências traumáticas de infância podem moldar a química do cérebro da criança
e conseqüentemente deixar a pessoa vulnerável à adicção.
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