segunda-feira, 6 de maio de 2013

Já estamos a divertir-nos?


"Com o tempo, conseguimos acalmar-nos e apreciar a atmosfera de recuperação." Texto Básico, p. 63

Imaginem o que aconteceria se um recém-chegado entrasse numa das nossas reuniões e desse de caras com um grupo de pessoas tristonhas agarradas em desespero às suas cadeiras. Esse recém-chegado iria certamente assustar-se, balbuciando, "E eu que julgava que talvez pudesse largar as drogas e ser feliz." Graças a Deus, os nossos recém-chegados costumam dar de caras com um grupo de pessoas amigas e sorridentes, relativamente satisfeitas com as vidas que encontraram em Narcóticos Anónimos. Que grande dose de esperança que isso oferece! Um recém-chegado, cuja vida tem sido demasiado séria, é fortemente atraído por uma atmosfera de riso e de descontracção. Quando se vem de um lugar onde tudo é levado a sério, onde o desastre nos aguarda a cada esquina, é um alívio bem-vindo entrar numa sala e encontrar pessoas que não costumam levar-se muito a sério, prontas para algo de maravilhoso. Aprendemos a levar as coisas menos a sério. Rimo-nos do absurdo da nossa adicção. As nossas reuniões - essas salas cheias dos sons vivos e felizes de café a ser feito, de cadeiras a serem arrumadas, do riso de adictos - são os locais onde primeiro recebemos os nossos recém-chegados e lhes mostramos que, sim, agora estamos a divertir-nos.

Só por hoje: Posso rir de mim próprio. Consigo aceitar uma piada. Vou levar as coisas menos a sério e divertir-me hoje.

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