quinta-feira, 12 de julho de 2012

Paciência


 "Estávamos encurralados pela nossa necessidade de gratificação imediata que as drogas nos davam." Texto Básico, p. 29 

"Quero aquilo que quero, e quero-o já!" Este era o máximo de paciência que conseguíamos praticar na nossa adicção activa. A obsessão e a compulsão da nossa doença deram-nos uma forma limitada de pensar; quando queríamos algo, só pensávamos nisso. E as drogas que tomámos ensinaram-nos que a recompensa imediata estava sempre a uma dose de distância. Não admira que a maioria de nós tenha chegado a Narcóticos Anónimos sem paciência quase nenhuma. O problema é que nem sempre podemos ter aquilo que queremos quando o queremos. Alguns dos nossos desejos são pura fantasia; se pensarmos nisso, veremos que não há nenhuma razão para acreditarmos que serão realizados nas nossas vidas. Nós, se calhar, nem conseguimos realizar todos os nossos desejos realistas; decerto que não os realizaremos todos de uma vez. A fim de adquirirmos ou alcançarmos certas coisas, teremos de sacrificar outras. Na nossa adicção procurámos a gratificação imediata, esbanjando os nossos recursos. Em recuperação precisamos de aprender a ordenar as prioridades, por vezes negando a gratificação de alguns desejos a fim de realizarmos outros objectivos, a longo prazo mais importantes. Isso exigirá paciência. Para encontrarmos essa paciência praticamos o nosso programa de recuperação, procurando o tipo de pleno despertar espiritual que nos permitirá viver e gozar a vida tal como ela é. 

Só por hoje: Poder Superior, ajuda-me a descobrir aquilo que é o mais importante na minha vida. Ajuda-me a aprender a ter paciência, para que possa dedicar os meus recursos a coisas mais importantes.

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